As artrites são manifestações clínicas de uma série de doenças. A sua classificação etiológica é muitas vezes difícil e depende de história clínica e de um exame físico cuidadoso.
Estudos recentes apontam que os Dinossauros sofriam de artrite há 150 milhões de anos. Segundo Paleontólogos da Universidade inglesa de Bristol que descobriram, que tal como os humanos de idade avançada, os dinossauros do período jurássico Superior também sofriam de artrites há 150 milhões de anos.
A pesquisa publicada na revista Paleontologia, foi feita a partir do fóssil de um crânio de 1,7 metro de comprimento de um pliossauro fêmea que habitou as águas há 150 milhões de anos e foi encontrado no sudeste da Inglaterra.
Pliossauro (Divulgação/Universidade de Bristol/VEJA)
As artrites representam um desafio diagnóstico em clínica médica e em reumatologia. O diagnóstico muitas vezes não é simples e depende da evolução que a doença toma para que se consiga uma boa caracterização do quadro sintomatológico e construção das hipóteses diagnósticas. A história clínica bem detalhada e o exame físico, levando-se em conta forma de apresentação, evolução e padrão de acometimento articular são extremamente relevantes e não devem ser menosprezados na primeira consulta, nem encarados como de importância secundária aos exames complementares (que a rigor só devem ser solicitados após o diagnóstico sintomatológico e as hipóteses diagnósticas serem estabelecidas).
Sintomas:
- Dor e inchaço nas articulações afetadas;
- Vermelhidão e leve aumento da temperatura na região afetada;
- Dificuldade em realizar movimentos com o membro afetado;
- Deformidade nas articulações afetadas (fase avançada);
- Dificuldade em iniciar o movimento com a articulação afetada;
- Rigidez matinal que pode perdurar de 15 minutos a 2 horas, no caso da artrite reumatóide.
As artrites podem apresentar-se de diversas formas, podendo citar-se entre outras:
- Artrite reumatoide;
- Artrite reumatoide juvenil;
- Artrite gotosa;
- Artrite psoríaca;
…
Embora os termos artrite e artrose se usem praticamente como sinónimos, na verdade traduzem coisas diferentes. A primeira está subjacente a processos inflamatórios enquanto a segunda a processos degenerativos. No entanto, o componente inflamatório, ainda que clinicamente possa não ser muito evidente, está presente em todas as doenças articulares inclusive a osteoartrite (Attur et al, 2000; Fernandes et all, 2002; Ishii. Et al, 2002).
As doenças artríticas são a principal causa de deficiências e incapacidade motora a nível mundial, sendo a osteoartrite a mais comum. Embora a artrite seja mais frequente entre os 40 e os 60 anos, pode também afectar crianças e adultos jovens e é também mais frequente em mulheres e em pessoas obesas.
Tratamento:
- Repouso selectivo;
- Relaxamento;
- Fisioterapia de onde se destacam as técnicas de:
Mobilização articular;
Hidroterapia;
Exercício monitorizado;
Terapias por meios físicos;
- Controlar o peso;
- Aconselhamento ergonómico;
- Terapia farmacológica;
- Alimentação adequada (vários estudos têm sido feitos nos últimos anos, que vão no sentido de haver alimentos que fitoquimicamente são anti-inflamatórios, daí a importância numa dieta rica nos mesmos, a ser feita por nutricionista).
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