Disfunção Temporomandibular (DTM)

Quantas pessoas têm dores de cabeça sem causa aparente? Quantas pessoas sentem dores ou zumbidos nos ouvidos sem terem de facto alterações nos ouvidos? Quantas pessoas sentem tensão na face quando comem ou falam durante algum tempo?

“Quantas pessoas têm dores de cabeça sem causa aparente? Quantas pessoas sentem dores ou zumbidos nos ouvidos sem terem de facto alterações nos ouvidos? Quantas pessoas sentem tensão na face quando comem ou falam durante algum tempo? Quantas pessoas ouvem estalidos nas articulações da boca quando comem ou bocejam? Quantas pessoas apertam e/ou rangem os dentes? E quantas pessoas têm uma ou até mais do que uma destas queixas por um longo período de tempo?”

A resposta a estas perguntas é a mesma: muitas!

A Disfunção Temporomandibular (DTM) é uma doença que tem vindo a chamar a atenção de diversos profissionais de saúde, contudo pouco conhecida para a grande maioria da população. Por ser uma doença que diminui a qualidade de vida de milhões de pessoas por todo o mundo e, muitas vezes, ser mascarada ou confundida com outras doenças, é extremamente importante as pessoas tomarem consciência da sua existência, saberem como se manifesta e que especialistas devem procurar.

A DTM caracteriza-se por um conjunto de alterações que afeta as articulações da boca – articulação temporomandibular (ATM), uma de cada lado da face à frente do ouvido, os músculos da mastigação e outras estruturas associadas como por exemplo o pescoço, podendo comprometer funções simples como falar e comer.

Sintomas

Os sintomas mais frequentes de DTM são: dor/dificuldade/limitação em movimentar a boca, ruídos nas ATM, desvio no movimento de abrir a boca, ficar com a boca presa em algum movimento, dor/zumbido/apito nos ouvidos, tonturas, dor no pescoço, dor na face, dores de cabeça entre outros. Vários estudos apontam para uma estreita relação entre as dores de cabeça e DTM, sendo a DTM a causa mais frequente de dor não dentária.

Causas

A causa exata da DTM permanece desconhecida pois vários fatores podem desencadear, perpetuar e contribuir para o aparecimento da sintomatologia. Podem, no entanto, apontar-se alguns como stress emocional, apertar e/ou ranger os dentes, alterações posturais, problemas de saúde associados (laxidão ligamentar, fibromialgia entre outros), maus hábitos (roer as unhas, objetos), traumatismos, oclusão (forma como os dentes encaixam), entre outros. Atualmente vários estudos apontam que a má oclusão não é um fator com muito peso para originar DTM.

Tratamento

A DTM tem o tratamento conservador como primeira escolha, que passa por métodos não invasivos como medicação, autocuidados, fisioterapia, placas intra-orais removíveis, tratamentos para equilíbrio oclusal (aparelhos orais, ajustes oclusais…), psicoterapia, entre outros. A intervenção cirúrgica normalmente vem como segunda opção ou em casos muito avançados da doença.

A consciencialização e educação da pessoa com DTM é muito importante para que os tratamentos conservadores sejam eficazes e alguns comportamentos sejam alterados. As crianças também devem passar por uma consulta de rastreio para prevenir o agravamento ou o aparecimento da doença, pois a DTM pode aparecer em qualquer idade com ou sem dor.

Em suma, a perceção minuciosa das queixas, a avaliação de todos os fatores e correto encaminhamento do doente, leva a diagnósticos esclarecedores e tratamentos mais eficazes. Assim, a criação de equipas multidisciplinares torna-se essencial para que a abordagem e comunicação sejam fáceis e compreensíveis não só entre os profissionais como também entre os profissionais e o doente.

 

Para mais informações, não hesite em contactar-nos. 

TMG | Saúde em movimento

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